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Um retroprojetor e um mimeógrafo: essa era a tecnologia da maioria das escolas há 20 ou 30 anos. Especialmente com o avanço da internet, esse cenário mudou drasticamente, a ponto de hoje ser impensável que uma instituição de ensino (IE) atue sem acompanhar as novidades tecnológicas.
Com as medidas necessárias para conter a COVID-19, o ensino à distância se fortaleceu e, com isso, as IE dependem ainda mais de computadores, softwares, redes e afins. Tendo isso em vista, é indiscutivelmente necessário que escolas e faculdades contem com profissionais da área de TI e computação, visando manter e melhorar a infraestrutura digital.
Nesse artigo, convidamos o consultor e cientista da computação, Ricardo Said, para falar sobre as diferenças entre Tecnologia da Informação (TI) e Tecnologia Educacional (TE), assim como pontuar sobre a importância de atribuir as responsabilidades de cada área a uma equipe ou profissional.
As faces da tecnologia em uma instituição de ensino
Imaginemos um dia comum em qualquer escola ou faculdade:
A professora Laura chegou às 6:45 na quarta-feira passada. Foi recebida pelo porteiro, que abriu a fechadura eletrônica após conferir a documentação. Entrou, bateu o ponto e foi direto à sala de informática: precisava lançar algumas notas no ERP educacional. – A reunião dos professores seria à tarde, e constaria como faltante no dashboards caso não lançasse logo.
Mas isso nem era prioridade: havia uma pergunta feita por uma aluna ontem, durante a aula online, que ela teria que consultar um livro específico para encontrar. Acessou o sistema da biblioteca, encontrou o livro e foi fazer sua pesquisa na sala dos professores, enquanto a aula não começava.
Às 7:15, dirigiu-se à sala da TE (Tecnologia da Educação) para informar que o projetor estava com alguns problemas. O cabo foi trocado, e a aula correu normalmente.
Mais tarde, após a reunião, Laura participou de um treinamento online e ao vivo, feito no auditório da escola, por um professor internacionalmente reconhecido, que hoje reside no Canadá.
Em apenas um dia, Laura teve contato com sistemas de segurança, rede e internet, AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem), sistemas de informática, ERP educacional, sistemas de apoio (projetor), e ainda contato com a equipe responsável.
E na sua instituição, quais dessas tecnologias estão presentes?
Tecnologia da Informação x Tecnologia Educacional
Pense na situação de Laura: qual profissional ela procuraria se o sistema desse um problema no banco de dados? Quem poderia solucionar um erro no cadastro dos livros da biblioteca? Quem seria responsável pelos sistemas de segurança?
A complexidade das tecnologias que envolvem o ambiente educacional solicitou a separação de funções: agora, com sistemas mais robustos e total dependência de seu funcionamento para a manutenção das aulas, o bom e velho “departamento de TI” se sobrecarregou, e se trancou ainda mais em seus cabos, números e softwares.
Em contrapartida, o número de usuários também aumentou – e aumentou ainda a quantidade de tecnologias a serem dominadas por esses usuários. Nasce, portanto, a depender do porte da IE, um novo profissional ou equipe: aquele especializado em Tecnologia Educacional.
Mais próxima do usuário final e não tão emaranhada em questões unicamente técnicas, a Tecnologia Educacional não é um subdepartamento da TI, tampouco uma unidade menor ou menos importante: a atuação é complementar, e ataca o mesmo problema, mas em frentes distintas:
Tecnologia da Informação (TI): cuida da infraestrutura da instituição
- segurança;
- equipamentos;
- rede;
- internet;
- banco de dados etc.
Tecnologia Educacional (TE): cuida da aplicação e curadoria da inovação, atuando junto a professores, alunos e demais usuários
- sistema de aulas;
- AVA;
- interações com alunos;
- treinamentos para professores;
- sistemas de apoio etc.
O que procurar em cada profissional?
Além de dominar habilidades específicas da área, o ideal é que o profissional da TI tenha um perfil majoritariamente técnico, orientado a resultados e, preferencialmente, com inclinação autodidata. É natural que seja um pouco mais introspectivo, e por isso bastante focado.
Por outro lado, deve-se procurar um perfil gestor para a TE. Esse profissional precisa ter soft skills mais bem trabalhadas, entender de processos e métodos ágeis, mas não necessariamente precisa ser um especialista em linguagens de programação, redes ou em banco de dados. – Na melhor das hipóteses, o profissional da TE poderia ser alguém que já atuou como professor, e com expertise em tecnologias educacionais.
O perfil indicado aqui é apenas um balizador, e com certeza existem consideráveis variações dele. No entanto, especialmente se a instituição está começando a construir equipes, é interessante considerar o padrão nas primeiras contratações.
TE e TI no organograma institucional
O ideal é que TE e TI respondam em igualdade à gestão. É necessário, ainda, que seja ratificado o trabalho cooperativo entre os departamentos, de modo a evitar conflitos ou disputas.
A comunicação entre os dois setores deve ser horizontal, de forma que gerem demandas um para o outro, e deixem atendidas tanto o funcionamento quanto o bom uso das tecnologias.
Caso a sua instituição não tenha porte suficiente para ter duas equipes, o profissional responsável pela TE deve ter suas atividades muito bem definidas, de modo a não ter sua função desviada em atividades que seriam da TI.
Suporte à tecnologia: particularidades para ensino adulto e infantojuvenil
A importância de ter, na TE, pessoas com habilidades sociais, não se limita ao atendimento a funcionários e professores.
Também os clientes, sejam eles os próprios alunos ou seus responsáveis, acessam a alguns sistemas da instituição, em especial o ERP educacional. Nesse contexto, é importante que o profissional da TE conheça a dinâmica da instituição, e saiba lidar com o público, seja de pais ou responsáveis ou dos próprios alunos.
Como o Sistema Educacional impacta nas equipes de Tecnologia
Tanto a TE quanto a TI têm como maiores demandas as solicitações referentes ao ERP educacional.
Contar com um sistema robusto, simples e validado pelo mercado reduz o tanto volume de trabalho quanto de tamanho das equipes, resultando em um corpo de funcionários eficiente e enxuto.
O Gennera Academic One atua, nesse quesito, otimizando os seguintes pontos:
- Demanda de suporte para utilização do sistema (TE): por ser simples e amigável, o Gennera é fácil de operar e de aprender, o que reduz a solicitação por suporte, assim como facilita o treinamento;
- Demanda por problemas estruturais – servidor, banco de dados, computadores (TI): o Gennera é 100% online, possui um banco de dados estável, integrado e inviolável, e usa os servidores elásticos da Amazon: sonho de qualquer gestor de TI!
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