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Os estudantes brasileiros acham as aulas pouco úteis. Quase metade dos que abandonaram a escola tiveram como motivo a falta de interesse nos assuntos abordados em classe. Além disso, um terço dos graduados estão desempregados. É preciso modificar todo o ensino e transformar a IES é um passo importante que você vai aprender agora como fazer.
A busca por espaços educacionais modernos, criativos, que atraiam a atenção do aluno é uma necessidade de toda instituição de ensino. Pode-se ver, em alguns cursos, a prática de aulas fora da sala, visitas técnicas, maior número de aprendizagem laboratorial, além da criação de semanas de estudo, seminários e trabalhos interdisciplinares.
Todas essas estratégias existem para criar motivação aos alunos, mas pode ser pouco. É preciso modificar a educação tradicional ofertada no Brasil atualmente.
Transformar a instituição para crescer no mercado
O jovem está na universidade por apenas dois motivos: ter conhecimento sobre a área que gosta e poder trabalhar com ela assim que se formar. Por isso, é dever da instituição cumprir com esses objetivos.
Contudo, ensinar de forma atrativa não é tão simples assim, o modelo de avaliação brasileiro é antiquado e muitos questionam aprender bem mais fora da escola do que dentro dela.
Para mudar essa realidade, é preciso investir em transformações profundas dentro da IE que você dirige. O estilo de avaliação por meio de provas escritas só vale para algumas situações específicas, em que o estudante precisa realmente decorar aqueles dados. O restante do conteúdo tem que ser cobrado de outra forma:
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trabalhos em equipe ou individuais;
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provas práticas;
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debates;
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seminários;
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artigos científicos;
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simulações da vida real;
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trabalhos interdisciplinares.
Além deles, existem uma série de outras possibilidades para transformar a IEs. Alguns projetos vêm sendo bem vistos no Brasil e em vários países do mundo. É o caso, por exemplo, da Walford e da Escola da Ponte.
O exemplo Waldorf
Criada pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner, a pedagogia Waldorf trabalha para que a escola deixe de ser uma formadora automática de trabalhadores e passe a ser uma fomentadora da cidadania.
Os estudantes aprendem muito sobre educação artística, por exemplo, que é essencial para o crescimento cognitivo e o avanço da inteligência. Ela é uma das áreas com maior número de “aulas” nesse sistema de ensino. A sustentabilidade e o respeito ao meio ambiente também são “disciplinas”.
Além disso, eles ficam a maior parte do tempo com trabalhos manuais: tricô, cerâmica, gastronomia, violino, desenho, entre outros. Tudo é feito a partir da capacidade imagética (fotos, pinturas, objetos) das crianças e adolescentes para melhorar a memória e as habilidades deles.
A revolucionária Escola da Ponte
Já presente no Brasil e em pleno crescimento, a Escola da Ponte foi criada em Portugal e hoje é exemplo em todo o mundo. Ela trabalha com o conceito sem provas, sem sala de aula, sem séries. Os estudantes são convidados a discutir com os tutores (professores, funcionários ou pais) a respeito dos assuntos que interessam aos próprios jovens.
O objetivo é que as crianças ensinem e sejam ensinadas. Uma garota de 9 anos, por exemplo, pode saber mexer melhor em tablet do que um professor de 60 anos. Assim como esse mesmo educador entende bem mais de sílaba tônica que essa garota. Essa troca é que faz a educação ser transformadora.
De forma prática, estudantes de idades diferentes, mas com interesses comuns, unem-se em torno de um projeto de pesquisa. Após terminá-lo, formam-se novos grupos e outros estudos são feitos. As avaliações ocorrem em conjunto entre o tutor e o aluno. Ambos decidem se podem passar para a próxima etapa da aprendizagem ou não, sem nenhum tipo de prova tradicional, tudo com base no diálogo.
Além desses dois exemplos, você pode criar uma solução própria baseada em vários estudos publicados. Transformar a IES é um desafio de qualquer gestor de escola.
Pode parecer difícil em algumas situações, mas com muita pesquisa, tentativa e erro você vai chegar lá. Qualquer dúvida que tiver, deixe o seu comentário com suas opiniões e questionamentos.