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Atualizado em: 05/10/2017
Há pouco tempo recebemos algumas notícias sobre a reforma do Ensino Médio. Muitas mudanças acontecerão e é preciso saber adaptar-se a elas. A reformulação foi aprovada no dia 8 de fevereiro de 2017 e tem como objetivo principal tornar o currículo escolar mais flexível nos últimos 3 anos da educação básica.
Saiba mais sobre o assunto e quais são as mudanças que vêm vindo por aí!
O que é a medida provisória de reforma do Ensino Médio?
A medida provisória (MP) modifica o ensino tradicional de educação nas escolas vigentes aqui no Brasil. O principal motivo para a criação é o elevado índice de evasão escolar.
Cerca de 16% dos jovens entre 15 e 17 anos estão fora das escolas. Essa também é a idade em que muitos deles acabam ingressando no mundo da criminalidade. A ideia é que, se o jovem puder escolher o que deseja estudar, a escola ficará mais atrativa e essa porcentagem passará a diminuir consideravelmente.
Quais são as principais mudanças?
Confira abaixo o que mudará com esse novo Ensino Médio!
1. Ampliação da grade obrigatória
Atualmente, a carga horária de estudo no ensino médio é de 800 horas anuais. Esse número será alterado para 1.400 horas, resultando em um ensino de tempo integral. O objetivo é aumentar o número de alunos matriculados – que hoje é de apenas 6% – e também melhorar o desempenho deles.
2. Mudança da grade
Hoje os alunos precisam estudar 13 disciplinas nos 3 anos do Ensino Médio de forma obrigatória. Com a mudança, somente uma parte deverá ser cursada de forma igualitária entre todos (60%). Em um determinado momento será possível optar pelas disciplinas que se tem mais afinidade, sendo elas: matemática, linguagens, ciências humanas ou da natureza ou o Ensino Médio Técnico.
3. Adoção de sistemas de crédito
O Ensino Médio é dividido em 1º, 2º e 3º ano. Com a reforma o aluno poderá optar em estudar por meio de um sistema de créditos em determinadas disciplinas. Isso oferece maior liberdade para o estudante, que pode trabalhar em outros horários. Quando ele completar a quantidade de créditos, terá concluído o ensino médio.
4. Contratação de professores
Para os professores só é possível trabalhar em uma escola pública depois de passar por um concurso público e também pelo curso de formação de professores. Com as mudanças não haverá a necessidade de concursos e os docentes serão contratados de acordo com o notório saber para os cursos técnicos.
5. Quem está obrigado a cumprir as novas medidas?
A mudança deverá ser para todas as escolas do país. Elas devem cumprir a legislação que será passada para os estados, porém, ainda não se sabe como isso ocorrerá com precisão. É necessária muita organização financeira, uma vez que com o ensino integral, os gastos para os estados serão aumentados.
5. Quanto será a implementação?
A reforma deve começar a atingir as escolas a partir de 2021. A Medida Provisória (MP) que institui o Novo Ensino Médio foi aprovada, mas, para a sua implementação, ainda falta a última etapa que é a elaboração da Base Nacional Comum Curricular do ensino médio.
De acordo com o presidente da Comissão de Elaboração da base no Conselho Nacional de Educação (CNE), Cesar Callegari, em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, a implementação da reforma deve seguir o seguinte calendário:
Final de 2017 – Início de 2018 – MEC pretende divulgar a proposta da BNCC para o Ensino Médio.
Final de 2018 – CNE deve terminar o debate, análise e votação da resolução da BNCC, para poder remetê-la ao MEC para homologação.
Final de 2019 – Conselhos Estaduais de Educação terão um ano, após a publicação da BNCC, para definir as normas complementares
2020 – Redes e escolas começam a processar a implementação das mudanças.
Início de 2021 – CNE prevê que reforma deve começar a atingir as escolas.
Você pode consultar mais informações a respeito neste link do Gazeta do Povo e também diretamente do MEC clicando neste link.
Como a tecnologia pode ajudar?
É impossível não citar a tecnologia quando se fala em educação. Os jovens são os mais atingidos por ela e é preciso agregá-la ao ensino.
Os professores também podem se beneficiar das inovações tecnológicas nas escolas. Por exemplo, é possível usar softwares para fazer a gestão da sala de aula, permitindo maior organização das atividades. O docente pode fazer a chamada diretamente de um tablet ou celular, registrando a frequência do aluno, acompanhando o desempenho deles por meio de gráficos, formando grupos de discussão, entre outros benefícios.
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