Como inovar em uma instituição de ensino e atrair investimentos através de incubadoras e NITs

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Instituições de ensino são ambientes propícios a receber capital voltado para pesquisa e desenvolvimento, exatamente por possuírem a infraestrutura adequada, com laboratórios, instalações de pesquisa e pessoal qualificado para dar suporte às atividades. Exatamente por isso, empreendimentos inovadores e disruptivos, que ainda não possuem capital para se estruturarem sozinhos, procuram essas instituições.

 

Nos últimos 20 anos, no Brasil, o volume de investimentos em infraestrutura de pesquisa cresceu substancialmente. Em grande parte, o crescimento foi devido aos recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), como os fundos setoriais, mas também aos recursos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação (MEC), das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) e de empresas como a Petrobras.

 

Diferente de vários países, que possuem um arranjo público-privado, hoje as instalações de pesquisa no Brasil são predominantemente públicas, e com isso, boa parte das instalações de pesquisa estão nessas universidades. Essa configuração gera alguns desafios adicionais ao sistema de Ciência e Tecnologia, por burocratizar a pesquisa, seja por dificuldades em comprar ou importar equipamentos e insumos, contratar pesquisadores em caráter temporário para trabalhar em projetos e afins.

 

Inovação, Empreendedorismo e Educação

Inovar é inventar ideias, processos, produtos ou serviços. Existem vários tipos de inovação: podemos citar inovação radical, inovação incremental, inovação de produtos, inovação de marketing e assim por diante. As inovações no mercado empresarial são diferenciais competitivos para as empresas tanto privadas como públicas.

Empreendedorismo é a capacidade que uma pessoa ou um grupo tem, por iniciativa própria, de identificar problemas e oportunidades, objetivando desenvolver serviços e produtos.

Juntar inovação e empreendedorismo em um ambiente educacional é, sem dúvidas, a receita para transformar ideias em negócios rentáveis e maduros.

Para isso, muitas instituições de ensino possuem incubadoras, que permitem a criação de startups e geram novos negócios em diversas áreas. O Google, multinacional da comunicação, nasceu com um projeto de pesquisa de Larry Page e Sergey Brin, em um doutorado na Universidade Stanford, na Califórnia, Estados Unidos.

O que são incubadoras e NITs?

 

As incubadoras ajudam no gerenciamento através de um serviço de assessoria nas áreas Jurídica, Contábil, Financeira, Marketing, Comercialização do produto ou serviços, Custos e apoio técnico, onde podemos citar serviços de recepção, internet, salas de reunião e outros.

 

A Incubadora deve apoiar os empreendedores através de parcerias, captando recursos financeiros, dando orientações profissionais, abrindo oportunidades no mercado, fornecendo acesso a treinamentos e fontes de informações relacionadas ao mercado. 

 

Podemos dividir as incubadoras em 3 tipos:

 

  • Incubadora de Empresas de Base Tecnológica: Possui empresas cujos produtos e serviços são gerados a partir de resultados de pesquisas aplicadas, nos quais a tecnologia está incluída.

 

  • Incubadora de Empresas dos Setores Tradicionais: Abriga empresas ligadas aos setores tradicionais.

 

  • Incubadoras de Empresas Mistas: abriga os tipos descritos acima.

 

Um Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) possui um papel muito importante na inovação dentro das instituições de ensino, e uma das suas principais atribuições é cuidar das operações de licenciamento e transferência de tecnologia. Muitas Instituições ainda não possuem NITS, mas possuem estruturas similares, como agências de inovação e escritórios de transferência de tecnologia.

A criação desses núcleos representa muito mais do que mera exigência legal, e vem desempenhando papel ativo na gestão da produção de inovações nas universidades.

 

 

Como minha instituição pode lucrar com isso?

 

Nos últimos anos, a agenda pública está estimulando a inovação, e para isso vem buscando meios de investir e de desenvolver empreendimentos.

 

A Lei nº 13.243/2016, que dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento científico, à pesquisa, à capacitação científica e tecnológica e à inovação, ao tratar da promoção da cooperação e interação público-privada, define:

 

Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT): órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta ou pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos legalmente constituída sob as leis brasileiras, com sede e foro no País, que inclua em sua missão institucional ou em seu objetivo social ou estatutário a pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico ou o  desenvolvimento de novos produtos, serviços ou processos.

 

Nessa definição, no Art. 19 § 5º, está descrito que “a administração pública poderá, mediante justificativa expressa, contratar concomitantemente mais de uma ICT, entidade de direito privado sem fins lucrativos ou empresa com o objetivo de desenvolver alternativas para solução de problema técnico específico ou obtenção de produto ou processo inovador ou executar partes de um mesmo objeto.

 

Isso significa que uma instituição de ensino privada pode participar de editais, sejam eles federais, estaduais ou municipais, que visem desenvolver startups e fomentar a tecnologia.

 

Além da participação nesses editais, que por si só podem gerar grande receita, ainda existem vários métodos de lucrar fomentando a inovação:

 

  • Cobrar um aluguel pelo espaço, com valores diferenciados para empresas na pré-incubação e para empresas já incubadas: geralmente, as incubadoras possuem um coworking, tendo também valores diferenciados para esse espaço;
  • Pedir porcentagem do faturamento da startup após ir ao mercado e conseguir ter receita. É importante lembrar que, quando bem desenvolvidas, startups podem gerar muito capital, a exemplo da UBER;
  • Fornecer espaço, laboratórios e apoio em troca de sociedade com a startup;
  • Fazer parcerias com o SEBRAE, que é uma entidade privada sem fins lucrativos, e está sempre com projetos ativos para startups, com competições entre empreendedores no estado com premiações para os primeiros colocados.

 

O que precisamos ter para receber essas iniciativas?

 

Além de estar devidamente cadastrada nos programas governamentais, quando for a intenção, a instituição de ensino precisa estar apoiada em três pilares: pessoas, processos e infraestrutura.

 

Um corpo docente qualificado, pessoal que esteja disponível a gerir laboratórios e bibliotecas, funcionários de apoio que cuidem do novo fluxo na instituição são exemplos de uma boa distribuição de pessoal.

 

Na infraestrutura, ter tanto espaço para reuniões quanto laboratórios para pesquisa é fundamental. 

 

Quando se fala em laboratórios, no entanto, não necessariamente devem esses ser repletos de equipamentos modernos, testes caros e sistemas de última geração: é de se lembrar que, em algumas áreas, esses insumos não são necessários, como por exemplo pesquisas nas áreas de Comunicação e Ciências Humanas.

 

Quanto aos processos, geralmente são o gargalo das instituições de ensino: apesar do pessoal qualificado e espaços modernos, os erros, atrasos e informações confusas são comuns.

 

Para fazer com que esse pilar seja atendido de forma satisfatória, ter um bom ERP de gestão é fundamental.

 

O Gennera Academic One é um sistema feito pensando, antes de tudo, em processos.

 

Nossa aplicação possui módulos que atendem desde as necessidades educacionais até as administrativas, financeiras, fiscais, contábeis, gestão de RH, e de compras e patrimônio. 

 

Temos o backoffice SAP nativamente integrado, integração com gateways de pagamento, Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) nativo e integração com várias soluções on-line, e biblioteca de APIs para inserir outras integrações, de acordo com a necessidade.

 

Todas essas soluções são envelopadas em uma interface simples e amigável, garantindo alta aderência de professores, alunos e responsáveis.

 

E o melhor: todos esses benefícios são entregues à instituição através de consultoria e treinamento, com suporte garantido no pós-venda, junto a uma equipe preparada e consolidada no mercado.

 

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Sobre Blog Gennera

A Gennera tem mais de 15 anos de experiência no desenvolvimento de soluções acadêmicas e financeiras destinadas exclusivamente ao ecossistema de educação, sendo pioneira e líder nas plataformas de gestão educacional online (cloud computing).

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